Não acredito no findável, nas bolhas de sabão, nem em feridas, elas cicatrizam, um dia. Não acredito no interruptor, acende/apaga. Não acredito no rádio, prefiro a música, a voz, a mensagem; prefiro o que fica. Defendo a pedra, aquela pedra eterna que irriga as artérias e aortas, aquela pedra abstrata que embrulha barrigas alheias. Que domina pensamentos e atitudes friamente calculadas deliberadas, que simula loucuras, suicídios, vida. Prefiro o olhos fechados, os momentos guardados nas pálpebras, re-fazendo acontecimentos, camas redondas, espelhos no teto, poros, suor, sorrisos, ressuscitando cleópatras e plantando árvores. Isso é o que realmente fica, que cristaliza, e que me faz acreditar que só vivemos, de fato, quando lembramos.
Qualquer tentativa de se expor menos termina sendo frustrada, aqui nada é heterogêneo, é tudo do mesmo sexo. Aonde toda palha se transforma em agulha e qualquer toque seria fatal. Aqui os hormônios continuam na posição de réu. Beijos.
2 comentários:
zu, nem sabia que tu tinha blog.. vou passar por aqui..
gostei do texto.. Mas se não fossem as coisas que não cristalizam, ficaríamos sem parâmetro pra medir as que conseguem ;)
beijo
Para mim a vida é redonda! sim... e o assunto mais terrível é quando se fecha num comportamento básico, esse comportamento expontâneo, efusivo e inclusive, impulsivo; assim como comer chocolate, tomar café ou fumar um cigarro. E se não tentamos ser algo... Seria a mesma coisa que sentar-se e observar como as coisas explodem.
Postar um comentário