terça-feira, 21 de outubro de 2008

Castigo?

Um emaranhado de sensações, as piores possíveis. A angústia, o frio na barriga misturado com um enjôo interminável, remédios na cabeçeira da cama, vontade de não acordar nunca mais. Medo, ódio, raiva, tristeza: insegurança. Preferindo ser uma formiga no carnaval, do que ter que sentir na carne estas ausências orgânicas importantes. Vontade de ser pedra, diamante, distante, de atrasar um instante, voltar no tempo, remendo, cuidado, gozo. Tirar o gosto, adiar prazeres, ser mecânica, acordar, dormir, acordar...
Não percebendo o vento, o sol, estrelas, pessoas, olhares, esquecendo sorrisos, gostos, bocas, parando em esquinas, andando em contramão, sendo levada por uma correnteza sufocante, estressante, doentia, neurótica. Cadê o fim?