quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Temporada.

Outono, acho melhor a gente se dá um tempo, um intervalo, precisamos de descanço para poder abstrair o que vem acontecendo. Quero entender no que vamos dar um tempo, se é na relação ou na ausência dela. Se é na minha obsessão descabida de querer-te com títulos, com um nome que não talvez não mude nada, de querer-te com mais essa certeza dispensável, já que eu acredito que me amas e que te tenho em minhas mãos, não porque quero, e sim porque essa é a tua vontade. Ou se daremos esse breve, estimo, intervalo no teu pavor inconcebível em se entregar, em assumir estar preso pelos teus próprios desejos. E isso não seria amor, e seria. Amor não é aprisionar, e não aprisiona. Pessoas é que se deixam aprisionar. Mas não te preocupas, te prender não está na minha lista de vontades conscientes. Sei que és suficientemente sábio, que jamais se deixarias corromper por sentimentalidades, e menos ainda, nunca serias passivo a ponto de se ver trancafiado por uma coisa que nem, sequer, dá pra tocar, mensurar, quantificar, tampouco aprisionar. Outono, acho que o Inverno chegou e precisamos de algo que realmente possa nos esquentar.

2 comentários:

Laura Bourdiel disse...

Lindo esse...
Relacionamentos, hum... esse deve ser o carro chefe dos meus textos, na verdade, acho que é o da maioria dos que escrevem, se for poesia então, nem se fala! Independente de quaisquer problemas que um relacionamento pode carregar, um dia estas pessoas se sentiram atraídas, e nutriram a esperança de construir algo em comum. Por este primeiro e raro momento, vale a pena manter algo guardado. Assim como lembramos de um dia ótimo do verão passado.
¡besitos!

Katarine Araújo. disse...

Outono,vai-te.pra novos ventos beijarem meus cabelos e minha mão outros calores aquecerem.
se ficares,vamos perecer antes da próxima estação.

que luxo,véi,amei. bjo!