sábado, 5 de junho de 2010

oi?

ser é muito difícil.
normalmente preferimos estar. o que não deixa de ser bom e importante; cristalizações são terríveis. porém, muitas vezes, deturpamos a semântica das coisas. pessoas muitas vezes tentam ser aquilo que apenas estão. e isso muda tudo. deixando de lado toda a angústia ontológica, comecemos a pensar sobre o que viemos fazer nesse mundo (e por que nesse e não em outro? Marte, Vênus, Saturno...) sobre qual papel devemos exercer (papel? atores? mentira?), afinal, exercemos, a todo momento, algo que gostaríamos de ser, embora muitas vezes apenas estamos. mas pra que ser, se podemos estar? Por que se comprometer, não é verdade? Já disse Janis Joplin "Don't compromise yourself. You are all you've got". Por quem perder esse tempo? Sempre estamos voltados à alguém, nem que esse alguém nos remeta a nós mesmos. Acredito que tudo o que somos/estamos está intecionado à alguém, embora muitas vezes achamos que o que fazemos a outrem não é capaz de nos afetar. AFETA. tudo o que é feito em prol ou contra o outro, é feito em prol e contra você. tudo é energia. tudo é força. pensar nisso pode ser fatal, angustiante, desnecessário em se tratando de seres mortais (oh!, grande legado da vida!) afinal, situações nos forçam ser, situações nos forçam estar. nos forçam? e a nossa tal liberdade, motivo de lutas, de guerras, de revoluções, onde está? porque nos dizemos forçados a tomar certas atitudes quando não somos? não somos forçados a nada. a liberdade, assim como a morte, é condição sine qua non do indivíduo. mas nós não sabemos lidar com a liberdade que nos pertence.

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